REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL
O Repositório Institucional da UNIGRANRIO AFYA tem o objetivo armazenar, divulgar e facilitar o acesso aos Trabalhos de Conclusão dos Cursos de Graduação da UNIGRANRIO AFYA, em formato digital, permitindo maior visibilidade da produção acadêmica institucional para a comunidade científica nacional e internacional.
A Coordenação Acadêmica do Curso de Graduação deve submeter a versão digital dos Trabalhos de Conclusão de Curso produzidos pelos discentes, no âmbito da graduação presencial e a distância, conforme regulamentado no Projeto Pedagógico do Curso, ao Repositório Institucional de TCC da UNIGRANRIO AFYA, ficando estes disponíveis para consulta pública.
EMBOLIA ESPLÊNICA NA ENDOCARDITE INFECCIOSA: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA COM ÊNFASE EM DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO E HISTOPATOLÓGICO
Introdução: A Endocardite Infecciosa (EI) é a infecção do endocárdio caracterizada por febre, sopro e embolização para diversos órgãos. Embolia esplênica ocorre em cerca de 1/3 das EI esquerdas. Objetivos: Realizar revisão sistemática da literatura sobre aspectos radiológicos e histopatológicos da embolia esplênica na EI. Métodos: As palavras-chave “Endocarditis”, “Spleen”, “Splenic emboli”, “Splenic embolism”, “Embolism”, “Tomography”, “Imaging”, “Pathology”, “Histopathology”, “Positron Emission Tomography”, “Computed Tomography” e equivalentes em português foram utilizadas no Embase, PubMed, Bireme e Scielo. Critérios de inclusão: idade a partir de 18 anos, período de 2000 a 09 de março de 2021 e publicações em inglês ou português. Critérios de exclusão: revisões não sistemáticas, relatos de caso e publicações com foco em embolias não esplênicas. Resultados: As estratégias de busca identificaram 1.973 artigos; 1.849 foram excluídos por não elegibilidade verificada pela leitura do título e 71 pela leitura dos resumos. Após a leitura integral, 32 artigos foram excluídos, totalizando 21 artigos elegíveis. As EIs esquerdas avaliadas nos estudos variaram de 6 a 3.116 casos e a média de idade de 43,02 a 70 anos. Os homens foram os mais acometidos. Os exames para detecção de embolias foram: ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética, PET/CT, SPECT/CT e Ultrassonografia com contraste por microbolhas. O número de embolias esplênicas variou de 1,4% a 71,7%, e a frequência mediana foi de 25%. Gram positivos foram a etiologia mais frequente. Dados histopatológicos foram escassos. Conclusão: Embolia esplênica na EI tem frequência elevada em estudos tomográficos.
ENDOMETRIOSE CUTÂNEA PRIMÁRIA: RELATO DE CASO
Introdução: Endometriose é a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina e, em geral, acomete os órgãos pélvicos. Apresentações extrapélvicas são relatadas na literatura. A endometriose umbilical é rara, podendo ser primária que surge de forma espontânea ou secundária que surge após procedimentos cirúrgicos. Objetivos: objetivo deste trabalho salientar as características essenciais para o diagnóstico da endometriose cutânea primária pelos médicos, facilitando o reconhecimento do quadro clínico e acelerando a instituição de um plano de tratamento adequado, através de uma revisão bibliográfica dos casos ocorridos nos últimos 20 anos e apresentação de um caso clínico clássico. Métodos: foi realizado um relato de caso com referencial teórico baseado em uma breve revisão de literatura obtida através da seleção de estudos científicos publicados no período entre os anos 2000 e 2020, em bases de dados científicos. Relato de Caso: É relatado o caso de paciente do sexo feminino com lesão de endometriose cutânea primária na região umbilical, confirmada por exame histopatológico. O tratamento proposto foi a exérese ampla da lesão com histerectomia, que foi recusado pela paciente. Diante da recusa, optou-se por um tratamento expectante. É de fundamental importância que um diagnóstico diferencial deva ser considerado na presença de tumores umbilicais nas mulheres em idade reprodutiva. Conclusão: A endometriose umbilical é uma doença pouco frequente e deve ser incluída no diagnostico diferencial de mulheres como nódulo umbilical. O tratamento de eleição é a exérese total da lesão.
ERITEMA PIGMENTAR FIXO: UM RELATO DE CASO
Introdução: O Eritema Pigmentar Fixo é uma reação adversa a drogas, caracterizado por uma lesão cutânea eritemato-pigmentada com recidivas no mesmo local caso ocorra novo uso do fármaco envolvido, deixando uma hiperpigmentação pós inflamatória. Objetivo: Relatar um caso de uma farmacodermia não tão conhecida em sua forma generalizada após o uso de Noripurum® endovenoso, fazendo uma revisão literária sobre o tema. Métodos: Este estudo de caso utiliza metodologia qualitativa e descritiva, tendo como amostra uma paciente com Eritema Pigmentar Fixo, sendo realizada coleta de dados por meio de anamnese, exame físico, diagnóstico e tratamento, durante seu acompanhamento na Policlínica e Centro de Estética Duque de Caxias. Conclusão: Há uma dificuldade no estabelecimento do diagnóstico específico nestes casos, podendo estar relacionada ao desconhecimento clínico por médicos não generalistas e ao vasto número de fármacos potencialmente agressores usados rotineiramente.
ESTUDO DA APLICAÇÃO DA CIRURGIA ROBÓTICA EM DIFERENTES ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
Esta revisão da literatura trata sobre a aplicação da cirurgia robótica. A cirurgia robótica é reconhecida por oferecer vantagens como menor trauma para o paciente, maior precisão para o cirurgião e recuperação mais rápida. A revisão destaca as aplicações da cirurgia robótica em áreas como cirurgia geral, urologia, ginecologia, cirurgia cardíaca, otorrinolaringologia e neurocirurgia, incluindo procedimentos como prostatectomia radical, histerectomia, ressecção de tumores cerebrais, entre outros. Apesar das vantagens evidentes, a cirurgia robótica também enfrenta desafios como alto custo e curva de aprendizado para os profissionais. As perspectivas futuras da cirurgia robótica envolvem avanços tecnológicos, integração de inteligência artificial e expansão das aplicações em diversas áreas da cirurgia. Essa revisão proporciona uma visão abrangente do impacto e das possibilidades da cirurgia robótica na prática cirúrgica moderna.
Efeito do uso da água ozonizada na desinfecção do sistema de canais radiculares
No tratamento endodôntico, o preparo químico mecânico é primordial na desinfecção do sistema de canais radiculares. É natural que com o decorrer do tempo novas pesquisas sejam feitas a fim de aprimorar as técnicas que hoje já são empregadas, visando obter uma substância irrigadora ideal, que não gere danos aos tecidos periapicais e que possua um alto potencial antimicrobiano. Nesse cenário, a água ozonizada surge como uma opção a ser estudada. O presente estudo teve como objetivo comparar a eficácia da redução microbiana intracanal quando utilizada a água ozonizada em relação ao hipoclorito de sódio. Quarenta dentes bovinos uniradiculares foram selecionados e seccionados com discos diamantados (KG Sorensen, São Paulo, SP, Brasil) de forma a padronizar o comprimento de suas raízes. Posteriormente, os dentes foram instrumentados com limas do tipo K nº 50, 55, 60 e 70, e, foram contaminados com Enterococcus Faecalis por 21 dias. Após este período, uma primeira amostra foi coletada e plaqueada em placas ágar Mitis salivarius (Difco, Maryland, EUA). Os dentes então, foram irrigados com água ozonizada, hipoclorito de sódio e soro fisiológico, tendo por padrão uma irrigação constante de 20 ml durante um período de vinte minutos com um descanso de cinco minutos, seguido novamente dos procedimentos de coleta das amostras, os dados foram submetidos à análise estatística. Como resultado pode-se observar uma redução significativa na contagem microbiana em todos os grupos comparando entre as amostras antes e depois da irrigação, contudo o grupo NaOCl se destacou sobre os irrigados com água ozonizada e soro fisiológico, apresentando um percentual maior de redução microbiana, ausência de diferença significativa foram apontadas entre os grupos ozônio e soro. Como conclusão, a água ozonizada não se demonstrou um substituto viável para o NaoCl exigindo futuras pesquisas para comprovar sua eficiência contra Enterococcus Faecalis.
Efeito inibitório de extratos de microalgas e cianobactérias sobre a replicação do vírus influenza e sua atividade neuraminidase
Os vírus Influenza causam infecções sazonais com sintomas que variam de leves a graves, circulam em todo o mundo e podem afetar pessoas de qualquer faixa etária. Portanto, essa infecção representa um grave problema de saúde pública, responsável por doenças graves e mortes, especialmente em populações de alto risco. Todos os anos, 0,5% da população mundial é infectada por esse patógeno, e essa porcentagem pode aumentar até dez vezes durante as pandemias. A vacinação contra influenza é a maneira mais eficaz de prevenir a doença. Além disso, os medicamentos antivirais são essenciais para intervenções profiláticas e terapêuticas. O oseltamivir (OST), um inibidor da neuraminidase viral, é o principal antiviral usado em clínicas durante surtos. No entanto, têm sido detectados vírus resistentes ao OST, que surgem naturalmente ou devido à pressão antiviral, com uma prevalência de 1-2% em todo o mundo. Assim, a busca por novos medicamentos anti-influenza é extremamente importante. Atualmente, vários grupos vêm desenvolvendo estudos investigando o potencial biotecnológico de microalgas e cianobactérias, incluindo a atividade antiviral de seus extratos. No Brasil, esse potencial ainda é pouco conhecido e explorado. Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o tema, 38 extratos de microalgas e cianobactérias isolados de biomas marinhos e de água doce no Brasil foram testados quanto à toxicidade celular, replicação de vírus influenza sensíveis e resistentes ao OST, e atividade de neuraminidase viral. Para este propósito, células MDCK (Madin-Darby canine kidney - células de rim de cão) infectadas foram tratadas com 200 µg/mL de cada extrato. Um total de 17 extratos (45%) inibiu a replicação do vírus influenza A, com 7 deles resultando em mais de 80% de inibição. Além disso, ensaios funcionais realizados com a neuraminidase viral revelaram 2 extratos em acetato de etila (obtidos a partir de Leptolyngbya sp. e Chlorellaceae) com IC50 < 210 µg/mL para influenza A e B, de linhagens sensíveis e resistentes ao OST. Verificamos também que as células MDCK expostas a 1 mg/mL de todos os extratos apresentaram viabilidade superior a 80%. Nossos resultados sugerem que extratos de microalgas e cianobactérias têm propriedades promissoras anti-influenza. Assim, suas pesquisas químicas devem ser otimizadas para isolar os compostos ativos, com a finalidade de desenvolver novos medicamentos anti-influenza. Os dados gerados neste trabalho contribuem para o conhecimento do potencial biotecnológico dos biomas brasileiros, que ainda são pouco explorados para esta finalidade.
Efeitos adversos na transfusão de concentrados de hemácias
A prática transfusional é de relevante importância na medicina e exige uma ação multidisciplinar para que ocorra o uso racional do sangue e para minimizar ou evitar as reações inoportunas. A reação transfusional (RT) pode ser definida como um efeito ou resposta indesejável observado em uma pessoa, associada temporalmente com a administração de sangue ou hemocomponente e pode ser classificada quanto ao tempo de aparecimento do quadro clínico, à gravidade, à correlação com a transfusão e ao diagnóstico da reação. O reconhecimento destas reações é importante para que medidas terapêuticas sejam estabelecidas, bem como estratégias de prevenção para futuras transfusões. O objetivo deste trabalho é verificar os principais efeitos adversos e suas consequências para os receptores de transfusão de concentrados de hemácias. A metodologia trata-se de uma revisão da literatura cuja elaboração foi dada a partir de cinco base de dados, os critérios de inclusão consistiram em 19 artigos, normas e manuais da ANVISA; obtendo 19 artigos e excluíram-se 8. Avaliando os resultados, foram verificados que o hemocomponente com maior número de transfusões é o concentrado de hemácias, e as reações mais frequentes são reação febril não hemolítica (RFNH), que está geralmente associada à presença de anticorpos contra os antígenos HLA dos leucócitos e plaquetas do doador, ocorrendo no final ou 1 a 2 horas após a transfusão, apresentando febre e/ou calafrio; reação alérgica (ALG), muito comum, ocorre em 1 a 2% dos pacientes e está relacionada à hipersensibilidade às proteínas plasmáticas. Reação hemolítica aguda (RHA), a mais grave dentre elas ocorre pela rápida interação entre anticorpo do receptor e antígeno da hemácia do doador causando destruição das hemácias transfundidas podendo causar hemólise intravascular e hemólise extravascular. Conclui-se que o concentrado de hemácias possui maior aplicabilidade na prática transfusional, as reações transfusionais com maior índice de notificação foram a reação febril não hemolítica e a reação alérgica, e a reação com maior índice de mortalidade é a reação hemolítica aguda.
Efeitos da duloxetina na sinusite crônica: uma revisão não sistemática da literatura
Introdução: A rinossinusite crônica é uma doença que gera impactos negativos importantes na sociedade. Pode a duloxetina ajudar a diminuir esses impactos? Objetivos: Promover uma reflexão sobre os possíveis efeitos da duloxetina no controle da dor crônica e da congestão/obstrução nasal de pacientes com sinusite crônica. Métodos: Estudo descritivo que promove uma reflexão acerca dos possíveis efeitos da duloxetina na rinossinusite crônica através de uma revisão não-sistemática da literatura e, empregando o método dedutivo silogístico, relacioná-los com relatos não descritos na literatura. Resultados: Considerando o amplo uso e a conhecida eficácia dos agonistas alfa-adrenérgicos como descongestionantes nasais, e as propriedades neurofisiológicas sobre as quais a duloxetina age, pode-se, através do método dedutivo silogístico, sugerir-se que: Se fármacos agonistas alfa-adrenérgicos são úteis no combate a alguns dos sintomas apresentados na rinossinusite crônica e se o uso da duloxetina a longo prazo tem ação sobre receptores alfa-adrenérgicos, logo é possível sugerir que a duloxetina pode ser útil no combate a sintomas apresentados na rinossinusite crônica. Conclusões: Pode-se concluir através desse estudo que a duloxetina é um fármaco de grande versatilidade em termos de possibilidades terapêuticas e que sua aplicabilidade como opção terapêutica no tratamento da RSC deve ser melhor investigada, visto que essa é uma moléstia que tem grande impacto negativo sobre a sociedade e sobre a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com ela.
Efeitos da terapia celular em modelo animal de esclerose lateral amiotrófica
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta os neurônios motores, causando fraqueza progressiva e morte. A patogênese da doença é resultado de uma combinação de mecanismos, como proteínas mal enoveladas, disfunção mitocondrial, dano oxidativo, excitotoxicidade mediada por glutamato, sinalização insuficiente por fatores de crescimento e inflamação. Ainda não existe cura para ELA, porém o uso da terapia celular tem ganhado força no tratamento de doenças neurodegenerativas. Alterações em alguns genes já foram associadas com ELA, principalmente com sua forma familiar que afeta 10% dos casos. O primeiro gene mutado associado a ELA foi o gene codificante da enzima SOD, o qual permitiu desenvolver o primeiro modelo animal para o estudo desta doença. Como as formas esporádica e familiar afetam os mesmos neurônios, estudar camundongos transgênicos SOD1 pode auxiliar em um melhor entendimento da manifestação da doença. Nesta revisão comparamos e avaliamos os melhores protocolos de terapia celular aplicados no modelo animal SOD1, a fim de definir as abordagens que obtiveram os resultados mais eficazes.
Endocardite na gravidez e puerpério
Introdução: A Endocardite infecciosa relacionada à gestação e puerpério, apesar de incomum, é muito grave. Seu reconhecimento clínico e manejo adequado podem aumentar a sobrevida tanto da mãe quanto do feto. Objetivos: Comparar os casos de endocardite infecciosa relacionadas à gravidez e puerpério em coorte de adultos com EI do INC com dados de literatura sobre o tema. Métodos: Foram buscados e descritos casos de EI relacionados à gestação e puerpério no banco de estudo prospectivo de pacientes adultos com EI definitiva no INC, nos anos de 2006 a 2019. Foi feita revisão de literatura sobre o tema e compilados os relatos de casos da literatura de endocardite relacionada à gravidez e puerpério a partir de 2014. Resultados: Foram encontrados 2 casos de EI associada à gestação ou puerpério em 370 pacientes adultos com EI definitiva, de janeiro de 2006 a dezembro de 2019, com prevalência de 0,5% da coorte, e de 2/133 dentre as mulheres (1,5%). Considerando mulheres em idade fértil adultas na coorte (18 a 49 anos), a prevalência de EI associada à gestação e puerpério (EIGP) foi de 2/81 (2,5%). Dos casos descritos do banco do INC, a puérpera com valvopatia reumática e EI aguda de válvula aórtica por Streptococcus anginosus evoluiu para óbito enquanto a gestante de 1º trimestre, portadora de próteses mecânicas mitral e aórtica, com trombose e endocardite da prótese aórtica, hemoculturas negativas, sobreviveu, mas teve abortamento espontâneo no pós operatório de troca valvar . A busca por relatos de casos publicados de 2014 a 2019 resultou em 54 episódios de EIGP encontrados; nestes, 3 gestantes (5,7%), 7 fetos (14%) e 1 recém-nato prematuro (2%) evoluíram para óbito. Tinham predisposição valvar 13 (24%). A válvula mitral foi acometida em 23(42,5%) dos casos, aórtica em 16(29,6%) e tricúspide em 11(20,3%) dos casos. O agente infeccioso mais encontrado, em 17/54 (31,4%) foi Staphylococcus aureus sensível a meticilina. Conclusões: A predisposição valvar para EI na literatura possui alta frequência (24%). S.aureus sensível, foi o agente infeccioso relacionado a EI na gravidez e puerpério mais frequente em nossa revisão. A mortalidade foi relativamente baixa para as mães (5,7%), mas foi quase 3 vezes maior em seus filhos, fazendo a EIGP uma condição grave. O diagnóstico de valvopatia ou presença de prótese deve ser reconhecido para na situação de febre sem foco óbvio, EI ser pensada e o diagnóstico ser buscado diligentemente.
Endometriose: Desvendando os Mecanismos Fisiopatológicos e Explorando Novas Perspectivas Terapêuticas
A endometriose é uma doença ginecológica crônica caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero, sendo classificada como inflamatória, hormônio-dependente e benigna. Atingindo cerca de 10% das mulheres em idade fértil, essa condição está associada a sintomas debilitantes como dor pélvica, dismenorreia, dispareunia, disúria e infertilidade, o que provoca impacto significativo na qualidade de vida das pacientes, afetando suas esferas sociais, emocionais e profissionais. Os principais grupos de risco incluem mulheres entre 25 e 45 anos, com histórico de ciclos menstruais curtos, nuliparidade, baixo índice de massa corporal, etnias asiáticas e caucasianas, e consumo regular de álcool. Embora o diagnóstico clínico seja frequentemente dificultado por um quadro sintomático variável e inespecífico, a laparoscopia ainda é considerada o padrão-ouro para a confirmação da doença, embora o uso de ultrassonografia transvaginal e exames de imagem possam oferecer suporte diagnóstico. Diversas teorias fisiopatológicas buscam explicar a origem da endometriose, como o fluxo retrógrado, metaplasia celômica, predisposição genética e o efeito de fatores ambientais e imunológicos, porém a fisiopatologia da doença permanece incompletamente compreendida, exigindo mais investigações científicas. No que tange ao tratamento, as abordagens podem ser farmacológicas ou cirúrgicas, sendo a escolha baseada na gravidade dos sintomas, idade da paciente e desejo de engravidar. Os tratamentos farmacológicos focam na redução dos sintomas dolorosos e inibição da progressão da doença, recorrendo a anticoncepcionais orais, progestágenos e agonistas do GnRH. Já a intervenção cirúrgica é indicada nos casos mais graves ou refratários, com a laparoscopia sendo preferida para a remoção de focos de endometriose, embora a fisioterapia pélvica seja uma opção complementar para alívio da dor e recuperação funcional. No entanto, a endometriose representa um problema de grande relevância não apenas médica, mas também social e econômica, uma vez que os custos anuais de tratamento somam mais de 10 bilhões de euros, equiparando-se ao custo de outras doenças crônicas como o diabetes mellitus. Devido à sua alta prevalência e aos múltiplos impactos negativos que provoca, a endometriose necessita de estratégias terapêuticas mais eficazes e de maior conscientização para o diagnóstico precoce. Este trabalho visa oferecer uma análise abrangente dos principais aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da endometriose, com o objetivo de contribuir para a melhor compreensão da doença e dos avanços necessários para seu manejo.
Endometriose: dos desafios do diagnóstico à infertilidade
A endometriose é uma condição comum que afeta principalmente as mulheres em idade reprodutiva, embora possa ocorrer em todas as idades. A causa exata da endometriose ainda não é completamente compreendida, mas fatores genéticos e hormonais desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. A endometriose pode ser classificada em superficial, ovariana e profunda, além da extrapelvica e é marcada principalmente por dispareunia, dismenorreia, disuria, disquesia e infertilidade. Objetivo: Abordar a fisiopatologia da endometriose, exemplificar métodos multimodais para seu diagnóstico, discutir sobre seus impactos na qualidade de vida de pacientes acometidas pela doença e um inflamação endometrial responsável por reduzir a fertilidade. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura a fim de evidenciar a fisiopatologia da endometriose e como seu estadiamento ocasiona infertilidade. Foram analisados artigos desde 2014, realizou-se o cruzamento dos descritores “endometriose” “infertilidade” “infertilidade e endometriose” nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) Resultados e discussão: como ambiente peritoneal inflamado causado pela endometriose gera alteração na vida das pacientes desde o diagnóstico tardio que prejudica sua qualidade de vida, três artigos foram escolhidos para melhor exemplificar e entender às mudanças causadas pelo ambiente inflamatório. Conclusão: A falta de uma classificação eficaz e a detecção tardia da doença leva ao estadiamento e agravamento dos focos, prejudicando a concepção por ser um ambiente hostil e inflamado, que geram alterações na receptividade endometrial, redução da qualidade de ovócitos, toxicidade embrionária, baixa motilidade espermática.
Enxertia óssea e suas aplicabilidades na odontologia
O osso é um tecido que possui alta vascularização, conjuntivo especializado e dinâmico, que se remodela ao logo de toda a vida, porém quando há uma perda óssea extensa, o tecido ósseo não é capaz de se recuperar completamente. O tratamento de defeitos ósseos está bastante presente na odontologia atual. E para que seja realizada a regeneração desses tecidos são utilizados substitutos ósseos que ofereçam efetividade na restauração da função e estética. Diante disso, o trabalho tem o intuito de apresentar, por meio de revisão de literatura, os tipos de materiais atualmente utilizados, bem como suas características e peculiaridades no tratamento de defeitos ósseos.
Esketamina e cetamina no tratamento de depressão resistente
Introdução: Os receptores de glutamato são potenciais alvos de novas terapias para o tratamento da depressão refratária ao tratamento, sendo a cetamina, um antagonista desses receptores, e a escetamina, seu enântiomero S, uma dessas terapias.Objetivos: Apresentar as informações mais recentes sobre os modos de administração, dosagem, principais efeitos adversos, assim como, estudos comparativos para para uma melhor compreensão e conhecimento dessas drogas como tratamento para esse tipo de depressão.Métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos, livros e plataformas científicas obtidos nas bases de dados SciELO, PubMed, ScienceDirect, MedScape, FDA e UpToDate entre os anos de 2010 e 2020. Resultados: Foi estabelecido que a escetamina e a cetamina apresentam um papel fundamental para remissão de pacientes de episódios de crises graves de depressão tendo um papel importante no que diz respeito a redução da ideação suicida e da anedonia. Ademais, os estudos apresentaram boa eficácia e baixos efeitos adversos, a curto prazo, quando usado em dosagens de acordo com cada via de administração. Conclusões: Os trabalhos selecionados mostraram que ambas, a cetamina e a escetamina, têm potencial promissor e obtiveram resultados satisfatórios para o tratamento dos transtornos depressivos refratátios ao tratamento.
Esporotricose cutânea-disseminada em paciente etilista crônico – relato de caso
Introdução: A esporotricose é uma infecção subaguda ou crônica, causada por um fungo dimórfico denominado Sporothrix schenckii presente no solo, espinhos e madeira. É um fungo saprófito dependente de vários fatores ambientais. Sua transmissão é feita a partir da inoculação pela penetração do Sporothrix na derme, após traumatismo com objetos pontiagudos ou até mesmo pela mordedura/ arranhadura de determinados animais. A doença caracteriza-se por lesões polimórficas da pele e do tecido subcutâneo, com frequente comprometimento dos tecidos linfáticos adjacentes. A maioria dos casos envolve primariamente a pele e, eventualmente, mucosas e outros órgãos. A esporotricose cutânea disseminada, é uma forma rara da doença, com lesões cutâneas difusas e disseminação hematogênica que acomete mais comumente pacientes imunossuprimidos e/ou com comorbidades associadas. É considerada uma micose subcutânea que decorre com desenvolvimento de lesões papulopustulofoliculocrostosas, placas com potencial ulceroso em qualquer parte do tegumento por disseminação hematogênica e com cultura positiva para o S. schenckii em cada lesão. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico, compreender aspectos clínicos da doença e descrever evolução do relato de caso. Métodos: Foi feita uma revisão na literatura médica disponível, considerando as bibliografias disponíveis em artigos e livros, levando em conta o período de pandemia pelo novo coronavírus. Resultados: Foi descrito o relato de caso de paciente, com múltiplas comorbidades a partir do momento da admissão e sua evolução até a conclusão diagnostica de esporotricose cutâneo-disseminada. Conclusões: Foram encontrados a partir da anamnese do paciente elementos que auxiliaram na investigação diagnostica e no desenvolvimento do processo saúde-doença. Embora não exista um grande número de publicações acerca do tema, na literatura pesquisada é consenso que se trata de uma doença negligenciada e subdiagnosticada. A falta de informação e divulgação da doença dificultam e atrasam o diagnóstico e tratamento adequados.
Estado pré-diabético e diabetes: protocolo de atendimento odontológico
O estado pré-diabético, também chamado de hiperglicemia subdiabética, é caracterizado por uma alteração onde os níveis glicêmicos se apresentam fora da normalidade, mas não compreendem uma Diabetes Mellitus (DM) de fato e, portanto, é definido como sendo um estágio intermediário entre a glicemia normal e a DM. Quando identificado de forma tardia e na ausência de tratamento, pode evoluir para Diabetes Mellitus do tipo 2. Indivíduos com níveis glicêmicos alterados e descompensados apresentam diversos problemas de metabolismo e complicações micro e macrovasculares que podem se manifestar na cavidade oral. Desse modo, o presente artigo de revisão tem como propósito a compreensão das principais manifestações orais da doença e, dessa forma, estabelecer um protocolo de atendimento odontológico para esses pacientes. A revisão bibliográfica foi realizada no banco de dados de: PubMed/Medline, LILACS, Scopus e Scielo com base em artigos publicados nos últimos 10 anos, a partir dos descritores: assistência odontológica; Diabetes Mellitus; estado pré-diabético; odontologia; manifestações orais. Os resultados foram estruturados em uma sequência que compreende a apresentação da condição, diagnóstico, complicações sistêmicas, manifestações orais e tratamento e, por fim, foi proposto um protocolo de atendimento que para melhor entendimento, foi divido em tópicos, tais como: exame clínico, exames complementares, aspectos da consulta, situações especiais e medidas preventivas.
Estimativa de consumo de álcool em gestantes em maternidade do município de Duque de Caxias
Introdução: O alcoolismo é um problema de saúde pública de escala mundial. O consumo de álcool na gestação é um problema de saúde pública, cada vez mais prevalente. A SAF pertence a um conjunto de síndromes caracterizadas pela presença de defeitos congênitos ocasionados pelo consumo materno de álcool durante a gravidez, incluindo retardo do crescimento e dismorfias faciais típicas. Há poucos estudos no Brasil sobre consumo de álcool na gestação. O uso de álcool na gestação é geralmente omitido pela mãe, necessitando de questionário especéifico. O T-ACE é um questionário validado para o Brasil. Objetivos: estimar o consumo de álcool em gestantes em maternidade de Duque de Caxias e correlacionar com o perfil materno, da gestação e do recém-nascido. Métodos: estudo observacional, descritivo, transversal. O consumo de álcool foi identificado a partir de escore ?2 no questionário T-ACE. O dados foram analisados no software SPSS e uso das estatísticas de Cochran e Mantel- Heanszel. Resultados: analisadas 127 puérperas, média de idade 23 anos, 64% com companheiro e 52% com nível de escolaridade fundamental. Pré-Natal realizado em 98,4%, com média de 7,0 consultas. Mais de 90% dos recém-nascidos classificados como Adequados para a Idade Gestacional. T-ACE positivo obtido em 62% das entrevistadas. Não houve nenhuma significância da análise estratificada do escore do T-ACE com as variáveis do perfil da mãe, da gestação, do parto e do recém-nascido. Conclusão: A prevalência de consumo de álcool de 62% é alta. As mães eram jovens, com companheiro e baixo nível de escolaridade; as gestações foram não desejadas, mas desejadas e o perfil dos neonatos foi na maioria com peso e comprimento adequados. Não houve correlação significativa do escore do T-ACE positivo e as variáveis analisadas.
Estratégias terapêuticas de melhor prognóstico no acidente vascular cerebral: uma revisão bibliográfica
INTRODUÇÃO: O acidente vascular encefálico (AVE) é definido como um sinal clínico de desordem focal da função cerebral, com súbita instalação ou ágil evolução, com duração de mais de 24h. Os tipos de AVE são, em geral, classificados de acordo com o aspecto patológico determinado por cada um deles, isto é, isquêmico e hemorrágico. OBJETIVO: Avaliar os melhores tratamentos em caso de acidente vascular encefálico. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi feita uma revisão bibliográfica através do levantamento de dados de diversificadas fontes, observando as melhores opções terapêuticas do acidente vascular encefálico. CONCLUSÃO: O acidente vascular encefálico é uma emergência na área de saúde e é indispensável que a terapia seja prontamente definida a fim de não prejudicar o prognóstico do paciente acometido.
Estratégias terapêuticas frente às sequelas neurológicas após hipóxia-isquemia perinatal
A hipóxia isquemia perinatal é um evento lesivo resultante da redução do fluxo sanguíneo e oferta de oxigênio aos órgãos durante a gestação, parto ou após o nascimento. A HI perinatal pode levar à encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), impactando o sistema nervoso central, resultando em danos duradouros. A interação materno-fetal, mediada pela placenta e cordão umbilical, é essencial para o desenvolvimento fetal, com períodos críticos suscetíveis a insultos. Fatores como anemia, tabagismo e exposição a substâncias teratogênicas aumentam a probabilidade de complicações. As causas obstétricas associadas à asfixia incluem interrupção da circulação umbilical, alterações placentárias e deterioração da oxigenação materna ou neonatal. Sintomas como dificuldades respiratórias e convulsões podem resultar em sequelas cognitivas e/ou motoras que podem persistir para além da fase adulta e, em casos extremos, culminar em óbito. A EHI é uma das principais causas de mortalidade neonatal global, especialmente em países de baixa renda. A hipotermia terapêutica emerge como uma opção de tratamento eficaz em países de alta renda, embora suas limitações em nações de baixa e média renda sejam evidentes. Este estudo visa relatar formas de exposição à HI, como a influência da infecção por SARS-CoV-2, investigar danos perinatais e analisar estratégias terapêuticas para reduzir sequelas, considerando neuroinflamação, excitotoxicidade e estresse oxidativo. De igual modo, a pandemia causada pelo vírus sinaliza a necessidade de novas terapias mais eficazes e abrangentes serem exploradas, para o uso também, em prematuros. Estuda-se, no entanto, a realização de exercícios físicos pela gestante, terapia medicamentosa com cafeína, melatonina e canabidiol.
Estudo comparativo entre as técnicas de microagulhamento e intradermoterapia no tratamento da alopecia androgenética
Alopécia androgenética é condição de importante impacto psicológico. Tratamentos clínicos apresentam respostas variáveis e exigem cuidados por longos períodos, fator que diminui as chances de aderência. Estudos comparativos entre técnicas de microagulhamento e intradermoterapia mescladas a infusão de medicamentos se fizeram necessários e fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
Estudo comparativo entre os laseres Nd-yag e Er-yag no tratamento de cicatriz pós acne entre os fototipos III e VI da escala Fitzpatrick
Esta revisão de literatura sistemática selecionou cinco artigos através do banco de dados PUBMED e SCIELO, apresentando o efeito de lasers de diferentes potência, fluência e densidade nas disfunções estéticas causadas por acne em diferentes graus com o uso de lasers ablativos e não ablativos como Nd-yag e Er-yag em indivíduos com fototipos elevados seguindo a escala Fitzpatrick. Através das comparações feitas foi possível observar grande eficácia e segurança nos lasers ablativos e não ablativos.
Estudo sobre as medidas preventivas da cardiotoxicidade em mulheres com câncer de mama em tratamento com antraciclinas e trastuzumabe
Introdução: O câncer de mama é o tipo mais prevalente entre as mulheres da população brasileira, sendo destacado pelo INCA 2018, como o de maior incidência, excetuando-se os cânceres de pele não melanoma. As pacientes submetidas ao tratamento, que poderá cursar com cirurgia, radioterapia, imunoterapia ou quimioterapia, requerem esforços médicos para manterem a qualidade de vida. Objetivos: Identificar as medidas preventivas da cardiotoxicidade no tratamento do câncer de mama em mulheres e os principais quimioterápicos empregados. Determinar a repercussão cardiovascular das antraciclinas e trastuzumabe. Métodos: O trabalho é do tipo revisão de literatura. Como critério de inclusão, consultou-se em base de dados eletrônicos de periódicos indexados, livros de temática oncológica e cardiológica, consensos, guidelines, diretrizes, artigos originais e de revisão na língua portuguesa e inglesa. A bibliografia utilizada foi publicada de 2009 a 2019. Resultados: Foram identificados os principais esquemas de quimioterapia utilizados nas pacientes com carcinoma de mama invasivo, considerando o estadiamento, sendo as antraciclinas mais prevalentes, e o trastuzumab, caso HER-2 positivo. As antraciclinas podem desencadear cardiotoxicidade aguda, como arritmias, ou crônica, insuficiência cardíaca. O trastuzumabe leva a repercussões agudas e de mais fácil reversão. Diagnóstico precoce com ecocardiografia e biomarcadores é preconizado, bem como medidas de cardioproteção com inibidor da enzima conversora de angiotensina, bloqueador dos receptores de angiotensina II, estatina e exercício aeróbico. Conclusões: A cardio-oncologia deve traçar condutas considerando riscos e benefícios para as pacientes em tratamento do câncer de mama e focar na prevenção da cardiotoxicidade.
Facetas cerâmicas
A evolução dos materiais e o avanço técnico-científico da odontologia restauradora adesiva possibilitaram mudanças dos paradigmas preexistentes, modificando a Odontologia que causava temor e trauma para uma Odontologia que proporciona beleza e bem-estar. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre facetas cerâmicas, buscando descrever sobre origem, classificação, indicações, contraindicações, limitações, vantagens e desvantagens; e, as etapas clínicas para a confecção das facetas cerâmicas. Pode-se concluir que técnicas adesivas combinadas com materiais restauradores da cor do elemento dentário são uma das maiores conquistas da odontologia restauradora. Os laminados cerâmicos eram considerados somente instrumentos estéticos. Porém, sua gama de indicações aumentou expressivamente, tornando as facetas de cerâmica uma alternativa altamente viável às formas clássicas e muito mais invasivas de tratamento restaurador. Na atualidade, as facetas cerâmicas são utilizadas para a restauração da biomecânica da dentição, estabelecimento da função adequada e para fins estéticos.
Fatores preditivos de diagnóstico de coagulação intravascular disseminada da sepse
Introdução: Sepse é uma das principais causas de morte nas unidades de terapia intensiva pelo mundo. Em casos graves o sistema de coagulação pode ser superativado, resultando coagulação intravascular disseminada em 25 - 50% dos casos e quando presente, é considerada uma importante disfunção orgânica séptica, aumentando a mortalidade em 80%. Os testes diagnósticos são limitados. Entender os mecanismos de inflamação e coagulação podem permitir a identificação de fatores preditores de coagulação intravascular disseminada em pacientes sépticos. Biomarcadores plasmáticos de coagulação/fibrinólise podem ser clinicamente mais úteis do que os testes de coagulação tradicionais. Objetivo: Identificar marcadores da coagulação e fibrinólise preditores de coagulopatia e coagulação intravascular disseminada em pacientes sépticos. Métodos: Revisão sistemática da literatura de artigos e periódicos eletrônicos publicados entre 2013 a 2018. Condusão: A presença de coagulopatia é um marcador de complicação precoce da sepse, com consumo persistente de plaquetas e de fatores de coagulação levando a coagulopatia severa ou coagulação intravascular disseminada. Não há critérios de diagnóstico específicos. É recomendado a análise sequencial dos testes tradicionais de coagulação em conjunto com biomarcadores plasmáticos de coagulação/fibrinólise, a fim de prever o desenvolvimento de coagulação intravascular disseminada em pacientes sépticos.
Fenilcetonúria: apresentação clínica, fisiopatológica e tratamento
Introdução: A fenilcetonúria é uma das principais doenças metabólicas rastreadas através da triagem neonatal, suas principais consequências, quando não tratada, são retardo do cognitivo e do desenvolvimento. Objetivos: Ressaltar a importância da triagem neonatal em 100% dos nascidos vivos visando intervenção e tratamento precoces. Métodos: Foi realizado estudo quantitativo com elaboração de revisão não sistemática da literatura, reuninando e comparando informações, em diferentes contextos, que ressaltam a importância do Teste do Pezinho no diagnóstico e tratamento da fenilcetonúria. Resultados: No Brasil, em 2001 foram triadas 1,251 milhões de crianças, constatando 79 casos positivos para fenilcetonúria, e prevalência de 1:15.839. Em 2002 foram triadas 1,382 milhões de crianças, constatando 56 casos positivos e prevalência de 1:24.780. Os dados de 2001 e 2002, levantados pela Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal, se referem a 18 dos 27 estados brasileiros. A maior dificuldade, em nosso país, encontra-se na obtenção dos dados de prevalência Conclusões: Ainda há subnotificações e poucos dados acerca da fenilcetonúria em alguns lugares do Brasil, levando a consequências severas, como atraso global do desenvolvimento, nas crianças acometidas e não tratadas precocemente.