REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL

A pobreza não se restringe a falta de recurso material, mas abrange também a falta de acesso a direitos, conhecimentos, oportunidades e esperança. A pobreza de um país é um número no qual estão inseridos a desigualdade social, a carência no acesso a serviços essenciais, a má distribuição de renda e a falta de geração de trabalho. As políticas públicas são de extrema importância no combate à pobreza e no aumento das oportunidades para que mais pessoas tenham acesso a serviço de saúde, educação, formação de renda. No que tange à saúde bucal, é fundamental que desde criança sejam fornecidas possibilidades para os cuidados dos dentes, já que a saúde bucal afeta direta e indiretamente a rotina de cada indivíduo. O Tratamento Restaurador Atraumático surge como grande aliado na ampliação dos serviços dentários para os mais diversos lugares. O TRA tem baixo custo e por necessitar de ferramentas simples, possibilita que profissionais da saúde alcancem um número maior de pessoas e proporcione um atendimento eficaz para a população. Através da revisão de literatura pretende-se avaliar o acesso ao tratamento odontológico de crianças e adolescentes de baixa renda na rede pública e os meios viáveis para facilitar e ampliar o acesso ao tratamento.

Assim como as mais diversas especialidades da odontologia, a endodontia vem passando ao longo do tempo por atualizações de alguns conceitos pautados em estudos científicos e respostas clínicas e biológicas às diversas técnicas empregadas no tratamento endodôntico. Dentre estes, a determinação de um limite apical de trabalho que proporcione resultados mais efetivos tem sido amplamente discutido. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura por meio de pesquisa bibliográfica de artigos científicos constituintes nas Revistas Eletrônicas (URI), Scielo, bases de dados da Bireme e Pubmed que abordam os controversos conceitos do procedimento de preparo químico-mecânico da região apical radicular no que tange a determinação do limite do comprimento de trabalho a ser adotado pelo profissional durante a realização do tratamento endodôntico. Visto que, este tópico é um fator de extrema importância para o sucesso deste tratamento, tanto no âmbito da eficácia da limpeza quanto da obturação do sistema de canais radiculares, vale ressaltar as vantagens e desvantagens das técnicas que preconizam a ampliação da constrição apical ou limite Cemento-Dentina-Canal (limite CDC) promovendo a limpeza foraminal ou a preservação desta constrição e ainda, a relevância do procedimento da patência foraminal.

Os lipossarcomas são um tipo de sarcoma de partes moles que se origina de células mesenquimais primitivas que se diferenciam em tecido adiposo. São quatro os subtipos de lipossarcoma, sendo o desdiferenciado o mais agressivo e o de pior prognóstico. Este tem um pico de incidência em média entre a sexta e oitava década de vida e é mais comum em retroperitônio. Apresenta sintomas inespecíficos, o que gera atraso no diagnóstico, contribuindo para um pior prognóstico. Ressonância magnética e tomografia computadorizada são os exames de escolha para investigação e o diagnóstico feito por biópsia. O tratamento mais bem aceito na literatura é a realização de excisão cirúrgica completa. O seguimento deve ser feito por pelo menos 10 anos. O objetivo geral deste trabalho é relatar o caso de um paciente jovem com diagnóstico de lipossarcoma desdiferenciado em região inguinal e o objetivo específico é revisar a literatura acerca do assunto permitindo avaliar as dificuldades diagnósticas e de tratamento. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de caso associado a revisão bibliográfica. O paciente apresentou a tumoração fora da região e da faixa etária conhecida da doença, sendo descoberta, acidentalmente, em um contexto de exploração cirúrgica após uma herniorrafia, o que gerou atraso no diagnóstico e no início do tratamento. A importância do conhecimento da doença permite a detecção precoce do quadro e início do tratamento de forma planejada.

O sucesso das restaurações anteriores em resina composta está diretamente relacionado com a sua longevidade. Contudo, alguns fatores externos como a falta de manutenção, os hábitos e a dieta do paciente podem levar ao insucesso. Este trabalho tem por objetivo revisar a literatura sobre a longevidade das restaurações anteriores em resina composta e os fatores que influenciam na mesma, além de orientar o cirurgião dentista sobre a importância da correta realização das etapas clínicas durante a confecção da restauração e também sobre a influência dos fatores externos, para que o mesmo possa traçar corretamente um plano de tratamento e a venda da manutenção antes mesmo da realização do procedimento. A degradação superficial da resina composta leva a alteração das propriedades e a pigmentação da mesma, isso se dá devido: A dieta ácida do paciente, refluxos gástricos, má higiene oral, ingestão de álcool, enxaguatórios orais e tabagismo. O repolimento periódico da restauração durante as consultas de manutenção, é essencial para que se possa ter suas propriedades preservadas.

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) corresponde a uma doença crônica e inflamatória de natureza autoimune. Por ser multissistêmica, apresenta uma heterogeneidade de manifestações clínicas, com períodos de acentuação e remissão. Assim, é uma patologia que causa limitações no cotidiano dos acometidos, afetando negativamente a qualidade de vida. Objetivo: O estudo visa abordar os impactos do LES no dia-a-dia dos pacientes, discutindo os principais sinais e sintomas, as dificuldades no tratamento e a necessidade de uma boa relação entre o profissional e o paciente, tendo como prioridade melhor qualidade de vida. Metodologia: Pesquisas eletrônicas foram realizadas nas bases de dados PUBMED, LILACS, Scielo e Google Acadêmico. Na busca sobre o tema, foram utilizados os seguintes descritores: lúpus eritematoso sistêmico; qualidade de vida dos pacientes com LES; adesão ao tratamento do LES. Resultados: A partir da leitura, foram selecionados 20 artigos para serem abordados no presente estudo. Conclusão: O LES tem grande impacto físico, psicológico e social, corroborando para maior frustração dos pacientes. Apesar da importância do tratamento, ainda é um desafio o seguimento contínuo e adequado. Por isso, requer uma assistência à saúde constante, visando um aumento na qualidade de vida.

Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) como uma doença reumática autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada pela produção de autoanticorpos e por manifestações em diversos órgãos e sistemas, predominando no sexo feminino, e por ser mais raro, o lúpus em indivíduos masculinos é mais grave do que aquele em mulheres. Objetivos: Relatar o agravamento do caso em paciente portador de Lúpus Eritematoso Sistêmico no sexo masculino. Métodos: Foi elaborado um relato de caso, observacional e descritivo com abordagem qualitativa. Oestudo ocorreu no Hospital Souza Aguiar, Rio de Janeiro. O instrumento utilizado no estudo tratou-se da análise da ficha de avaliação, contendo dados sobre a identificação, anamnese, queixa principal, história da doença atual entre demais critérios presentes nesta. Os dados foram avaliados de forma qualitativa. Discussão: O paciente do caso recebeu diagnóstico tardiamente, recebendo pulsoterapia de metilprednisolona após diagnóstico, evoluindo mal durante internação. Conclusão: Constatou-se que o lúpus eritematoso sistêmico é subdiagnosticado em homens, estabelecendo quadros mais graves e diagnósticos de forma tardia, contribuindo para o pior prognóstico.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pela espiroqueta Treponema pallidum. O curso da doença nos indivíduos infectados segue em estágios primário, secundário, latente e terciário por um período de dez anos ou mais (1,2). A OMS define como “sífilis precoce” a infecção com duração menor, de dois anos. Esse termo refere-se a infecções que podem ser transmitidas sexualmente, sendo a forma ativa e infecciosa da doença.

Esse trabalho revisa a literatura sobre as técnicas de mamoplastia redutora oncoplástica em pacientes com câncer de mama. Ao explorar aspectos que vão desde a avaliação pré-operatória até o manejo das complicações no pós-operatório. A revisão contemplou diversas técnicas cirúrgicas, incluindo os pedículos superior e superomedial, avaliando sua eficácia na preservação da segurança oncológica e nos resultados estéticos e funcionais. Uma ênfase especial foi dada à preservação da simetria e da sensibilidade mamária, aspectos fundamentais para a qualidade de vida das pacientes, particularmente no que se refere à recuperação da sensibilidade no complexo aréolo-papilar. Além disso, o estudo abordou complicações comuns no pós-operatório, como infecções, necrose do complexo areolopapilar e formação de seromas, destacando estratégias de profilaxia que minimizam esses riscos, como a antibioticoprofilaxia prolongada e o uso de ácido tranexâmico. A revisão também observou que pacientes com fatores de risco, como obesidade, tabagismo e histórico de radioterapia, apresentam maior propensão a complicações, o que requer uma abordagem personalizada para o manejo cirúrgico e pós-operatório. Por fim, conclui-se que a mamoplastia redutora oncoplástica é uma técnica eficaz, combinando segurança oncológica com benefícios estéticos e funcionais, e é uma abordagem promissora no tratamento de pacientes com câncer de mama. No futuro, novos avanços tecnológicos, como a cirurgia guiada por imagem e modelos 3D, podem potencialmente melhorar os resultados cirúrgicos, garantindo uma abordagem mais precisa e personalizada para cada paciente.

Introdução: atualmente há uma pandemia devido ao uso abusivo de substâncias analgésicas, principalmente a da classe dos opiáceos. O aumento da sensibilidade à dor e o desenvolvimento de tolerância a opióides complicam o tratamento da dor experimentada por mulheres grávidas em dependência de opióides durante o parto e o período perinatal. Objetivo: realizar uma revisão de literatura a respeito do manejo da dor periparto em mulheres com transtorno do uso de opioides e sintetizar as informações disponíveis no intuito de guiar práticas clínicas nesse cenário. Métodos: realizado pesquisa de artigos científicos nas bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico com descritores de saúde relacionados ao tema, sendo incluídos artigos a partir dos anos 2000 que discutem e evidenciam os dados a respeito do manejo da dor em gestantes e puérperas em dependência de opióide. Resultados: a terapia padrão de mulheres dependentes de opioides durante a gravidez consiste no tratamento farmacológico com opioides sintéticos, como a metadona e a buprenorfina, além do apoio psicossocial para estabilizar a gestante e evitar a recaída ao abuso de substâncias ilícitas. Conclusões: a terapia com o uso de agonistas opioides deve ser continuada durante a gestação e o trabalho de parto e considerada separada de quaisquer estratégias de controle da dor empregadas durante o intra-parto. Essas gestantes em trabalho de parto podem exigir doses maiores que a média de analgésicos e o subtratamento com analgésicos opióides deve ser evitado. As recomendações são fortes porém as evidências ainda são fracas, o que deve incentivar maiores estudos à respeito de tal assunto.

Objetivos: Analisar a importância da Cannabis medicinal na história da humanidade e indicar algumas aplicações clínicas da planta na medicina, desenvolvendo sobre os impactos na saúde pública através de algumas políticas públicas nacionais e internacionais que permitem o acesso democrático do medicamento à base de canabinóides à população. Métodos: Foi analisado, através de artigos e livros, o histórico da Cannabis sp., propriedades farmacológicas e terapêuticas, formas farmacêuticas, uso clínico médico, mecanismos de ação e sua importância na sociedade através de seu impacto social na prevenção, tratamento e políticas públicas para um papel absoluto na informação do uso da planta através do viés do tratamento tradicional, mediado pelo conhecimento científico. Resultados: Os resultados definiram que o uso medicinal da Cannabis sp. tem origem milenar e ancestralidade oriental, documentada por compêndios médicos. Por ser uma planta domesticada, adaptou-se em diversos continentes, contribuindo para uma gama de relatos clínicos ao longo da história da humanidade. No século XX seu uso medicinal logo foi reprimido por políticas públicas que endossaram os complexos farmacêuticos incipientes à época, proibindo seu uso. Na década de 90, retomaram o interesse científico e analisaram os efeitos terapêuticos em especialidades onde muitas vezes o tratamento é refratário, como a Reumatologia, Psiquiatria, Neurologia, Dermatologia, Oncologia, entre outros. No século XXI, países legalizaram seu uso para fins medicinais, ofertando o medicamento à população, obtendo controle governamental sob a planta, melhorando os índices de saúde pública em relação às doenças crônicas, autoimunes e agudas prevalentes no mundo moderno. Conclusões: Foi analisado que a Cannabis tem poder terapêutico e social no tocante à medicina tradicional e oriental, com diversas aplicações clínicas evidenciadas pela ciência. Observou-se que há escassez científica. A legalização de seu uso medicinal é recente e indica fatores positivos nos impactos da saúde pública, porém mais estudos são necessários.

Introdução: A medicina centrada na pessoa constitui uma metodologia clínica que visa abordar o indivíduo de forma integral, isso inclui explorar e perceber, não só os aspectos orgânicos da doença, mas também a subjetividade envolvida no processo de adoecimento. Assim, investiga-se os sentimentos e expectativas da pessoa em relação ao seu estado de saúde; prioriza-se uma comunicação atenta, clara e afetuosa; estimula-se o paciente a criar autonomia no seguimento terapêutico; e busca criar um plano curativo junto ao paciente, entendendo as prioridades e metas individualmente. Ainda, apresenta vantagens em relação à abordagem médica atual, com melhora significativa na adesão ao tratamento, melhor vínculo médico-paciente, e menores custos relacionados à encargos e gastos em gestão de saúde. Objetivos: Revisar e apresentar a temática de MCP, assim como analisar sua importância e relevância na ciência médica atual, suas vantagens na aplicabilidade do exercício médico, além de avaliar os desafios dessa implementação e mudança de metodologia clínica. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, através da pesquisa de artigos em biblioteca virtual e uso de um livro base, com enfoque nos conceitos básicos de medicina centrada no paciente, além de suas implicações e importância da incorporação na prática médica. Conclusão: podemos perceber que atualmente existe um descompasso entre desenvolvimento tecnológico/social e humanização da atenção em saúde. A população expõe-se a falhas médicas, tratamentos e intervenções às vezes prejudiciais e desnecessárias, e o modelo de assistência médica em vigência mostra-se insuficiente para atender grande parte das demandas em saúde na atualidade. ademais, deve se pensar numa reformulação do currículo médico a fim de implementar o ensino de outros métodos clínicos e disciplinas que estimulem a comunicação e investigação da subjetividade no processo de adoecer.

Introdução: A Aspergilose invasisa é uma infecção fúngica oportunista causada por espécies de fungo do gênero Aspergillus, geralmente adquirida por via inalatória. Sua incidência vem aumentando entre os grupos de alto risco, sendo uma das principais causas de morte entre os pacientes com estado imunológico altamente comprometido. Objetivos: Apresentar relato de caso sobre aspergilose do sistema nervoso central abordando a raridade com que ocorre em paciente imunocompetente, e o curso da doença dependendo do estado imunológico do paciente. Métodos: Feita revisão não sistemática da literatura e estudo de caso acerca de caso ocorrido no Hospital Federal de Bonsucesso. Resultados: O diagnóstico da aspergilose do SNC é desafiador, pois possui clínica inespecífica, além disso, somente 39% dos pacientes imucomprometidos recebem diagnóstico em vida, em comparação aos 69,2% em imunocompetentes. Isso é justificado pelo curso agudo e agressivo da doença nesse grupo de pacientes. A terapia de primeira escolha para o tratamento é o voriconazol, que está associado a melhor sobrevida em relação a anfotericina B, porém, ainda está associado a altas taxas de mortalidade. A anfotericina B só é utilizada em caso de intolerância ao voriconazol, suas formulações lipídicas levam a acúmulo, principalmente, em fígado e pulmões. Conclusão: A aspergilose invasisa ainda necessita de mais atenção das autoridades de saúde a fim de melhorar não só o esquema terapêutico, como também o plano diagnóstico pois a doença ainda possui mortalidade variando entre 85 a 90% em pacientes imucomprometidos.

Introdução: A mielopatia cervical espondilótica é uma patologia causada pela osteoartrite de coluna cervical crônica, levando a um quadro de estreitamento de canal medular por osteófitos, ossificação de ligamento longitudinal posterior ou hérnia discal. Tais situações podem levar o paciente a subsequentes sintomas de compressão medular como dor e disfunções neurológicas. Objetivo: analisar a importância do diagnóstico clínico da patologia para podermos elucidar a progressão da doença e definir o meio de tratamento para maior ganho na qualidade de vida paciente. Métodos: Neste relato será apresentado um paciente do sexo masculino com diagnóstico de mielopatia espondilótica Os métodos utilizados serão o estudo do prontuário de internação da paciente em questão, abordagem ao método cirúrgico realizado e uma revisão de literatura realizada a partir de artigos publicados nos bancos de dados da Scielo, PubMed e AOSpine. Conclusão: A mielopatia cervical espondilótica é uma patologia muito comum atualmente e requer um atendimento aprofundado devido às possíveis repercussões neurológicas da doença. Sendo necessários não só um diagnóstico rápido mas também um tratamento resolutivo.

Introdução:O Sars-Cov-2 pode provocar desde síndrome gripal leve até quadros de insuficiência respiratória aguda em gestantes e puérperas. Objetivos: Analisar por meio de relato de caso o desfecho de caso grave da doença durante a gestação e suas repercussões para gestante e o concepto. Evidenciar as alterações da doença na gestação e suas consequências em gestantes previamente hígidas, assim como determinar quais pacientes com fatores de risco apresentam maior risco quando se contaminam. Métodos: Revisão não sistemática da literatura sobre infecção pelo COVID-19 em gestantes, através de um relato de caso ocorrido em hospital particular do Rio Janeiro em abril de 2020. Resultados: O caso relatado expõe a severidade da infecção pelo novo Sars-Cov-2 na gestante, produzindo desfecho desfavorável para a grávida e para o feto. Insuficiência respiratória aguda, intubação orotraqueal, parada cardiorrespiratória, hemorragias, óbito fetal e materno são algumas complicações observadas no relato de caso exposto. Conclusões: Os resultados vistos mostram que a despeito de múltiplas intervenções com a finalidade de estabilizar o quadro da paciente, não foi possível interromper a evolução da doença.

O baço é o maior órgão do sistema linfático, sendo classificado como um sistema mononuclear fagocitário. Sua função consiste na defesa orgânica do corpo, através de seus mecanismos de fagocitose, filtração e formação do sistema imunológico, através da formação de células imunológicas e do sistema complemento, para atuar na defesa do corpo humano. Nos serviços emergenciais notam-se que o baço é um dos órgãos intra-abdominais mais acometidos e lesados em traumas acidentais, como por exemplo em acidentes automobilísticos. Diante de quadros de traumas, muitas das vezes é necessário a realização da esplenectomia, uma cirurgia que abrange a retirada do baço. Em comparação a outros procedimentos intraoperatórios, a esplenectomia por trauma, apresenta uma mortalidade relativamente baixa, no entanto outras comorbidades ou condições hemodinâmicas do paciente em associação ao procedimento, podem cursar com complicações que ocasionam a mortalidade do indivíduo, como hemorragias, infecções pós operatórias, choque hipovolêmico e outros. A finalidade desse trabalho, denota-se na importância de determinar a morbimortalidade entre os pacientes submetidos a esplenectomia na presença de lesões graves por trauma. Por isso, deve-se ter os conhecimentos das estruturas anatômicas e fisiológicas do baço, o estudo do trauma sofrido pelo paciente, afim de avaliar as repercussões clínicas no intra e pós operatório. Dessa maneira, o trabalho tem o objetivo de determinar impactos provenientes das esplenectomias e os fatores de risco encontrados nos pacientes, afim de elaborar intervenções ao combate da mortalidade intraoperatórias destes procedimentos.

Mal de Pott corresponde a uma infecção da coluna vertebral com acometimento mais frequente das regiões torácica inferior e lombar superior, sendo uma das formas de TB extrapulmonar. Representa cerca de 1% de todos os casos de TB e até 50% dos casos de apresentação óssea. Apresenta um quadro clínico inespecífico, sendo a lombalgia de curso crônico o sintoma mais frequente, variando desde baixa intensidade a incapacitante e geralmente, acompanhada por febre, sudorese noturna, perda de peso, fraqueza e mal-estar. Além disso, pode haver a formação de giba, lesões lítícas e redução dos espaços intervertebrais. O diagnóstico definitivo é estabelecido a partir da cultura ou evidência histológica de granuloma no material obtido através da abordagem cirúrgica com biópsia. O esquema básico para o tratamento em adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade) é baseado na combinação de drogas antituberculínicas, sendo elas: Rifampicina, Isoniazida, Etambutol e Pirazinamida durante 2 meses em fase intensiva, seguida pelo uso de Rifampicina e Isoniazida durante 10 meses em fase de manutenção. Por sua vez, a Tuberculose Miliar corresponde a disseminação dos bacilos na corrente sanguínea quando há falha no sistema imune, com um aspecto radiológico pulmonar específico - infiltrado intersticial de padrão micronodular. Apresenta uma maior prevalência em crianças e imunossuprimidos e com sintomas, geralmente, inespecíficos que cursam com emagrecimento, febre, tosse e astenia. A cultura para micobactéria é considerada padrão-ouro para o diagnóstico. Foi realizado um estudo descritivo do tipo relato de caso de uma paciente do sexo feminino, HIV negativa, com queixa de lombalgia desde 2018 associado a febre, sudorese noturna e perda de peso com aspecto micronodular difuso, lesões líticas e redução dos espaços intervertebrais de T12-L1 na tomografia computadorizada de coluna. Além disso, foi realizado broncoscopia com lavado broncoalveolar evidenciando traços de DNA de M. Tuberculosis no teste rápido molecular, sem biópsia de coluna vertebral e afastado Meningite Tuberculosa e Neurotuberculose. Para elaboração desse trabalho, foram pesquisadas publicações nas plataformas Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com intervalo de tempo dos artigos entre 2014 e 2021, pois o Mal de Pott é uma doença negligenciada, havendo escassez de publicações recentes sobre o tema. Por fim, frente a casos de difícil diagnóstico, torna-se essencial manter uma boa relação médico-paciente associada a rápida suspeição a partir de uma abordagem multiprofissional, tentando minimizar os prejuízos na qualidade de vida, anos perdidos por incapacidade e possíveis sequelas irreversíveis.

A tuberculose é uma das doenças mais antigas no mundo, com maior mortalidade, figurando entre as dez mais prevalentes. Acomete primariamente os pulmões, podendo ocorrer a disseminação para outros focos, levando ao desenvolvimento das formas extrapulmonares. Sendo assim, dentre as afecções extrapulmonares, a Espondilite Tuberculosa ou Mal de Pott, é uma das formas mais raras e leva à maior morbidade com consequente impacto na qualidade de vida do afetado, onerando o sistema de saúde e interferindo na logística dos núcleos familiares. Este trabalho visa relatar o caso de um paciente do sexo masculino, idoso, portador de câncer de próstata com metástase óssea, ao qual teve diagnóstico de tuberculose pulmonar, evoluindo para Mal de Pott. Durante o tratamento proposto, apresentou lombalgia, observando-se que apresentava extenso acometimento ósseo pela doença infecciosa, apesar de terapia farmacológica adequada. Dessa forma, elucidaremos os desafios diagnósticos e terapêuticos do Mal de Pott, além de promover uma maior notoriedade e conhecimento clínico de tal doença, considerada uma forma extrapulmonar rara, assim como realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema em questão.

A tuberculose vertebral é a forma mais comum e perigosa da tuberculose ossea, o que tornam urgentes medidas para suspender a evolucao da destruicao e deformidade e para prevenir e superar a paraplegia, que é a ameaca imediata mais grave. Apesar de o envolvimento espinhal ocorrer em menos de 1% dos pacientes corn tuberculose, tern sido observado aumento crescente dessa forma de apresentacao da doenca. E uma doenca negligenciada, subdiagnosticada e muitas vezes abordada tardiamente. 0 tratamento pode ser conservador ou cirurgico, dependendo da natureza do caso e tambem das facilidades ortopedicas disponiveis. Neste trabalho relatamos um caso de um paciente jovem corn diagnostico de tuberculose vertebral.

O medo e a ansiedade são sentimentos frequentes que estão presentes no dia-dia de pacientes que necessitam de tratamento odontológico e podem representar um obstáculo ao atendimento adequado pelo profissional dentista, algo que dificulta a realização de procedimentos e prevenção de doenças bucais. Esta pesquisa teve como objeto de estudo o manejo de controle e ansiedade no atendimento odontológico. O presente estudo teve como objetivo: Identificar as possíveis causas da ansiedade, ligada ao tratamento odontológico, analisar os métodos que podem ser utilizados pelos cirurgiões dentistas frente a um paciente ansioso no atendimento clínico, discutir como esses métodos podem ser eficazes e proporcionar um atendimento confortável e seguro a estes pacientes. O estudo trata-se de uma revisão de literatura onde apresentamos as causas da ansiedade e medo ligados ao atendimento odontológico e as formas de controle. Tais como sedação consciente onde falamos sobre o óxido nitroso e oxigênio, uso de benzodiazepínicos e hipnose. Também temos como forma de controle a sedação inconsciente por meio de anestesia geral. Foram analisados 17 artigos como referências.

A leucemia é um tipo de neoplasia maligna de etiologia desconhecida, sendo resultado de uma proliferação anormal de células sanguíneas que podem ser originadas da medula óssea ou dos tecidos linfoides. Pode ser dividida em vários tipos, porém os quatro tipos primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). As primeiras manifestações da patologia podem ser primeiramente na cavidade oral, como também as consequências do tratamento quimioterápico ou radioterápico. Foram utilizados para esse trabalho artigos com base no banco de dados e endereços eletrônicos nacionais e internacionais como: Google acadêmico, SciELO ou PubMed. O objetivo é alertar os profissionais da área da odontologia a respeito das complicações bucais decorrentes da leucemia e seus tratamentos, também como informar os possíveis tratamentos das determinadas manifestações. Sendo assim o cirurgião dentista é de extrema importância para o diagnóstico precoce e para o tratamento paliativo das severas complicações bucais que o paciente possa apresentar.

Introdução: A Síndrome Mieloproliferativa Transitória é um grupo de distúrbios hematológicos e está presente em 10 a 25% dos neonatos que possuem a anomalia cromossomial mais comum: a Síndrome de Down. Destes, 30 a 40% evoluem para Leucemia Mieloide Megacarioblástica Aguda. O diagnóstico precoce da Leucemia Mieloide Megacarioblástica Aguda é prejudicado uma vez que 80% dos pacientes portadores da Síndrome Mieloproliferativa Transitória é assintomático, tornando a síndrome um achado laboratorial ocasional. Objetivos: Alertar para o risco aumentado de complicações hematológicas em portadores de Síndrome de Down, apresentar e identificar a relação genética entre a Síndrome de Down, a Síndrome Mieloproliferativa Transitória e a Leucemia Mieloide Megacarioblástica Aguda. Métodos: Revisão não sistemática da literatura em que foram utilizados livros textos e artigos científicos na língua inglesa da plataforma digital PubMed do ano de 2009 ao ano de 2020. Resultados: Além da revisão literária da Síndrome de Down, baseando-se no resumo do conteúdo dos artigos, foram selecionados 34 artigos científicos na língua inglesa que tinham como foco a abordagem da Síndrome Mieloproliferativa Transitória, da Leucemia Aguda em crianças e da Síndrome Mieloproliferativa Transitória associada a Leucemia Aguda. Destes, foram excluídos os artigos que se direcionavam ao tratamento e consequências. Conclusões: Pacientes portadores de Síndrome de Down que apresentam mutações no gene GATA-1s associadas a mutações oncogênicas, desenvolvem a Leucemia Mieloide Megacarioblástica Aguda, que frequentemente é antecedida pela Síndrome Mieloproliferativa Transitória, e por isso a importância de realizar triagem laboratorial nos bebês com Síndrome de Down desde o período neonatal para acompanhamento rigoroso dos distúrbios hematólogicos, diagnóstico precoce da Leucemia Mieloide Megacarioblástica Aguda e abordagem adequeada para melhor prognóstico.

Introdução: A COVID-19, infecção viral causada pelo vírus SARS-CoV-2 e de distribuição pandêmica, possui sintomatologia inespecífica, inclusive, se apresenta sob a forma de manifestações cutâneas como lesões acrais, vesiculares, urticariformes, maculopapulares e livedo e necrose que afetam mãos, pés, dorso e flancos. Estas podem surgir antes, durante ou após o período sintomático e possuem distribuição demográfica diferente. Ainda que diversos dados sobre a doença ainda não foram totalmente elucidados, é possível através de estudos publicados até o momento estabelecer a importância destas visando o manejo da infecção, mesmo que estas sejam menos frequentes. Objetivos: Descrever as lesões cutâneas, a fim de pontuar a importância da sua detecção, a partir da descrição de suas possíveis fisiopatologias, achados que permitam distingui-las de seus diagnósticos diferenciais e correlacionando-as a evolução clínica para determinar prognóstico. Métodos: Foi realizada uma revisão não sistemática da literatura. A partir dos bancos de dados: PubMed, Google Acadêmico, dados da Organização Mundial de Saúde e artigos do Journal of the American Medical Association, foram selecionados artigos produzidos entre janeiro e outubro de 2020 que a partir do resumo, demonstraram maior relevância para conclusão dos objetivos do estudo e maior nível de evidência científica. Discussão: As lesões cutâneas podem ser divididas de acordo com sua patogênese mais provável sendo corroboradas pelos seus achados histopatológicos. Lesões acrais, maculopapulares, urticariformes e vesiculares parecem se relacionar a um processo inflamatório, enquanto que o livedo e a necrose, de posterior estado de hipercoagulabilidade. Esses mecanismos fisiopatológicos correspondem ao sistêmico e sua compreensão permite predizer prognóstico e até mesmo auxiliar na conduta terapêutica. Entretanto, são lesões inespecíficas e por isso, podem ser confundidas com aquelas de outras patologias. Mesmo que possuam diversos diagnósticos diferenciais, sua detecção permite antecipar a suspeita e diagnóstico naqueles quadros de lesão cutânea isolada, a partir da correlação entre seu surgimento e o início dos sintomas. Conclusão: Foi concluído que é importante identificar essas afecções, a fim de evitar contágio da doença, estabelecer diagnóstico nos casos assintomáticos e diferenciá-las entre os seus diagnósticos diferenciais. Além de constatar o processo patogênico sistêmico e por consequência, predizer prognóstico desses pacientes e indicar melhor manejo da infecção.

Introdução: A Chikungunya é uma arbovirose que possui uma ampla diversidade de manifestações clínicas, que impactam na qualidade de vida do paciente. Objetivos: Demonstrar, através de relato de caso, manifestações da doença com ênfase no acometimento do aparelho musculoesquelético e sua cronificação. Métodos: Foram analisados cerca de 25 artigos relevantes ao assunto para realizar uma breve revisão de literatura acerca do tema, correlacionado a consultas com anamnese, exame físico e exames complementares, que auxiliaram nas informações contidas neste trabalho. Relato de caso: Paciente, 56 anos, feminino, inicia quadro febril subitamente associado a artralgia distal incapacitante e queda do estado geral. Ao procurar a emergência, após a realização de exames laboratoriais, a principal suspeita diagnóstica foi infecção pelo Chikungunya vírus. O tratamento inicial teve como base hidratação e medicações sintomáticas. Posteriormente à fase aguda da doença, a paciente manteve o quadro articular, iniciando acompanhamento com reumatologista, no qual foi prescrito hidroxicloroquina e corticosteroide. Seis meses após, começou a apresentar edema, dor em queimação e hiperemia nos MMII, com prurido e púrpura palpável. Realizou exames de imagem que descartaram alteração aguda e dosagem de uma série de anticorpos sugestivos de doenças reumatológicas, todos negativos. Atualmente, ainda apresenta dores articulares esporadicamente. Conclusão: Observa-se que, na doença por Chikungunya vírus, as manifestações musculoesqueléticas estão presentes na quase totalidade dos casos, e, que, quase metade dos casos ainda podem persistir com essas queixas. Por não ter tratamento específico, faz-se necessário suporte terapêutico associado a uma equipe multidisciplinar.

O presente trabalho sobre as manifestações orais em pacientes portadores do HIV relata as doenças, suas principais formas de contágio seus sintomas e tratamento. A pesquisa apresenta fatores preponderantes no diagnóstico da AIDS. Objetivou-se auxilar o cirurgião dentista no reconhecimento e diagnóstico mais preciso e nos marcadores de progressão da doença. Foi realizada uma revisão de literatura por meio de artigos científicos e websites. Pacientes imunossuprimidos podem apresentar algumas manifestações orais que não são únicas da doença, porém são mais comumente vistas em portadores do vírus.

O presente estudo tem como objetivo estimular uma revisão de literatura e destacar as diferenças entre tecidos periodontais e peri-implantares, assim como índices de saúde, estética ao redor dos implantes e enxertos de tecidos conjuntivos (ETC), abrangendo a opinião em artigos de autores dentro da Implantodontia e Periodontia, estabelecendo a preservação do tecido mole ao redor do implante sem prejudicar estruturas gengivais fazendo com que os tecidos peri-implantares não comprometam a estética do implante dentário. Para a realização de um implante, seu planejamento se inicia através da estética em boca para a parte funcional. Além da funcionalidade do elemento dentário, a estética vem sendo um fator determinante no desenvolvimento de um implante, envolvendo os tecidos peri-implantares à sua volta. Pode-se concluir que a revisão de literatura mostrou a necessidade de o cirurgião-dentista compreender a relevância da preservação dos tecidos moles ao redor dos implantes, observando as diferenças entre tecidos peri-implantares e tecidos periodontais para uma boa manipulação e técnicas cirúrgicas em tecidos de enxertos conjuntivos sem comprometer os resultados estéticos.